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Uma Última Pergunta

Uma Última Pergunta

Uma Última Pergunta

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«Uma última pergunta, que a série já vai longa: Botelho, se algum leitor destas linhas quisesse começar a pintar e lhe pedisse conselho, que faria?»
[Mário Cesariny entrevista Carlos Botelho, O Rossio, n.º 1, 1952].

Entrevistas de A. Sérgio S. Silva, Afonso Cautela, Álvaro Guerra, Ana Marques Gastão [a Cruzeiro Seixas], António Cândido Franco, António Duarte, António Guerreiro, Bernardo Pinto de Almeida, Bruno da Ponte, Bruno Horta, César Antonio Molina, Claudia Galhós, Elisabete França, Francisco Belard, Francisco Vale, Maria Bochicchio, Maria Leonor Nunes, Maria Teresa Horta, Mário Cesariny [a Carlos Botelho], Mário Galego, Ricardo Duarte, Torcato Sepúlveda, Vladimiro Nunes.

«Esta antologia de entrevistas surgiu como forma de dar a conhecer, ou melhor, trazer para o corpo visível do livro entrevistas que pela proximidade fácil com o entrevistado (o Mário, por ele mesmo) se transformaram em conversas abertas, onde os temas, os nomes, as palavras surgem de um sopro de liberdade.»
Laura Mateus Fonseca, da Introdução

«Conheci Mário Cesariny em 1981. Tinha-lhe enviado o primeiro livro de poemas, edição de autor, ele escreveu-me de volta, sugerindo que o visitasse, o que fiz, movido pelo entusiasmo de ir ao encontro do Poeta que fora, no fim da adolescência, descoberta maior, nunca traída até hoje. O homem que encontrei, por uma tarde chuvosa, no modesto estúdio e refúgio, à Graça, chegava então aos 60 anos, mais trinta que os meus, o que, todavia, deixava de se fazer sentir assim que começava a falar, em digressões que passavam, sem descontinuidade, das memórias de vida a reflexões sobre Llull, Breton, Artaud. Tudo tinha a mesma origem. […] Homem só, sereno, capaz de uma gargalhada formidável, era soberano nessa solidão, indiferente a agradar, incapaz do que fosse para ir ao encontro de qualquer aplauso, de que desconfiava.»
Bernardo Pinto de Almeida, do Prefácio

«Traquinas como é, brincalhão e travesso e feliz como uma criança num dia sem escola, apenas me disse ao telefone o seu penúltimo desejo e vontade:
Sabe, ó Prefeito, o que eu tenho pensado é vender parte da minha obra, comprar um carro enorme, contratar um chauffeur e viajar até ao dia da viagem definitiva. Viajar, talvez, em busca daquele gato que um dia Risques Pereira viu como partia para a aventura com o ar elegante, distante e ausente que caracteriza e define aquele animal sagrado, dandy dos telhados, das açoteias e de lugares ainda mais altos, que, como diria Cesariny, os lepidópteros burgueses nunca conseguirão domar.»
Perfecto E. Cuadrado, do Posfácio