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Persistência da Obra I | Persistance de L'Oeuvre I

Persistência da Obra I | Persistance de L'Oeuvre I

Persistência da Obra I | Persistance de L'Oeuvre I

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Arte e política | Art et politique

Talvez a arte seja apenas isso — a declaração do nosso nascimento. Sempre suspenso sobre um abismo.

Críticas:

«Aqui mesmo, nove anos depois, persisto: a questão da persistência é a questão moderna da arte. Quer isto dizer que o nome persistência continua a prestar-se para abordar o que nos está a acontecer desde o advento da modernidade.
Pois moderno é o pensamento do resto (da arte) que se separa da política e da religião — e que, ao separar-se, mostra a arte a si mesma, ou seja, mostra-nos a totalidade da arte. Se a arte existe desde a Pré-história ou, segundo uma outra história, desde os Gregos, o facto é que um tal resto que comunica com toda a arte só se revelou abertamente na era moderna. Daí a extraordinária e abundante experimentação sobre o limite da arte (ou da representação) que, pelo menos desde o primeiro Romantismo, atravessou todos os modos de expressão ou géneros artísticos. A persistência diz isso mesmo em todas as letras: o que atravessa (per-) a história é o resto, e o que insiste é o todo da arte — a integralidade das formas que voltam até nós a partir de um tal resto. Se isto for compreendido, não haverá necessidade de forjar qualquer pós-modernidade ou, inversamente, sustentar um regresso nostálgico aos tempos pré-modernos.
[…]
Por ocasião da presente edição deste primeiro volume de Persistência da Obra, dedicado à relação entre arte e política (volume que se publica pela primeira vez em bilingue, aquando da publicação do segundo volume), proponho um texto inédito — Igualdade da arte — que procura apresentar uma tese na sequência da Introdução anteriormente escrita (inflectindo, como se poderá notar, o teor desta). Foram igualmente introduzidas pequenas correcções em todo o volume, bem como, no frontispício, uma reprodução de uma obra de Claudio Parmiggiani: um ovo (em mármore branco) encravado entre duas rochas altas no meio de uma floresta. A graça de uma tal peça parece condensar a fragilidade de qualquer criação: das mais estritas condições materiais surge, brotando ou caindo, a promessa de um novo ser. Talvez a arte seja apenas isso — a declaração do nosso nascimento. Sempre suspenso sobre um abismo.»
Tomás Maia

Autor: Boyan Manchev, Silvina Rodrigues Lopes, Tomás Maia, Jean-Luc Nancy, Federico Ferrari e Isabel Sabino

Idioma: Português e Francês

Editora: Documenta

Etiquetas: Estética