Caramelos de Amargar
Caramelos de Amargar
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Numa ruela de uma noite morrinhenta, Afonso acorda num contentor de lixo e descobre que perdeu a memória. Sem passado, procura-o pela cidade e encontra Evelina que parece tê-lo em excesso. Em circunstâncias distintas, também o agente Alves acorda num contentor de lixo.
O episódio que retrata esse agente da Guarda abre caminho à história prosaica de uma família de Caramelos, oriunda da região da Gândara, que recua ao início de 1800, atravessa a segunda metade do século XX e chega à atualidade. Nesta viagem de gerações que cruza duas geografias – o espaço gandarês e a charneca entre os rios Tejo e Sado – desenrolam-se temas como o atavismo e despovoamento rurais; a guerra colonial, luta de classes e reforma agrária; o proxenetismo clerical e a prostituição.
Entretanto, Afonso está em crer que a misteriosa Evelina, com quem se envolve e o vai guiando na sua «caminhada às arrecuas», forja vidas e conta-as como se fossem memórias. À medida que a oblíqua relação desliza para os afetos e Afonso começa a admitir alguma verdade no passado livresco de Evelina, a narrativa de um enviesado triângulo amoroso parece ir convergindo para a da gesta dos Caramelos, com a qual alterna.
Crítica:
Com uma obra consolidada, Silvério Manata relata de forma genuína e poética a região da Gândara, as suas gentes e a sua psicologia social. Faz jus ao mestre Carlos de Oliveira, seu conterrâneo.
— António Tavares, Prémio Leya
Autoria: Silvério Manata
Idioma: Português
N.º de páginas: 192
Encardenação: Capa mole
Dimensões: 146 x 222 mm
Editora: Gradiva
Data de lançamento: junho de 2025
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