Viagem no Proleterka
Viagem no Proleterka
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Separados pelo abismo da memória, pai e filha reencontram-se a bordo do Proleterka. Numa metáfora de todas as travessias, Fleur Jaeggy analisa a «proximidade profunda e fatal» que os une, e traz à tona os inquietantes despojos de um naufrágio íntimo.
Plano Nacional de Leitura:
Cultura e Sociedade – Literatura – maiores 18 anos
«As crianças desinteressam-se dos pais quando são abandonadas. […] Com determinação, sem tristeza. Tornam-se alheias. Por vezes, hostis. Já não são elas os seres abandonados, mas são elas que batem mentalmente em retirada. E vão-se embora. Em direção a um mundo sombrio, fantástico e miserável. E, no entanto, por vezes exibem felicidade.»
Esta é a história de uma viagem que cruza os mares da Grécia, ou pelo menos da recordação dessa viagem, filtrada pelo tempo. Johannes e a filha conhecem-se mal e mantêm uma relação distante. Reencontram-se no Proleterka, e procuram aí remediar um hiato sem remédio, recompor uma história de família, alimentar uma ideia de amor. Sobre eles, paira contudo a sombra de episódios passados, fragmentos espectrais que não chegam a diluir-se. É então que esta travessia se transforma numa outra: somos levados, pela mão da protagonista, à descoberta do prazer e do desejo, sem o filtro do interdito, sem o limite da convenção.
Viagem no Proleterka — tal como Felizes anos de castigo — mergulha no núcleo da inquietação, tome esta a forma de uma mãe gélida, ou de um pai desconhecido, ou de um marinheiro impetuoso. Da escrita fulgurante de Fleur Jaeggy, ninguém sai incólume.
Crítica:
A caneta de Fleur Jaeggy é como a agulha de um entalhador a desenhar as raízes, os galhos e os braços da árvore da loucura — uma prosa extraordinária.
— Joseph Brodsky
Fleur Jaeggy possui o invejável dom do olhar inaugural sobre as pessoas e as coisas, entretecendo uma mistura de frivolidade circunstancial e sabedoria absoluta.
— Ingeborg Bachmann
As frases de Fleur Jaeggy […] assemelham-se mais a pedras preciosas do que a matéria carnal. As imagens surgem como clarões, descontínuas e impressionantes, antes de desaparecerem.
— Sheila Heti
Autoria: Fleur Jaeggy
Idioma: Português
N.º de páginas: 120
Encardenação: Capa mole
Editora: Alfaguara
Data de lançamento: setembro de 2024
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