O que eu ouvi na barrica das maçãs
O que eu ouvi na barrica das maçãs
Grande Prémio de Crónica e Dispersos Literários da Associação Portuguesa de Escritores 2019.
Reconhecido como um dos mais importantes escritores portugueses da actualidade, a sua faceta de cronista passou despercebida à maior parte dos leitores; daí esta selecção das suas melhores crónicas publicadas nas décadas de oitenta e noventa do século passado no Público e no Jornal de Letras. Delas emergem o ficcionista, o cidadão, o comunicador e o memorialista, em textos que alguns diriam proféticos e, nas palavras de Francisco Belard: «testemunhos de um largo campo de assuntos, abordagens, dimensões e estilos, através de eras e lugares, sinais de um escritor que declaradamente prefere viajar no discurso e decurso do tempo e do espaço doméstico a fazê-lo em itinerários geográficos, programados e turísticos. Por tudo isto […], os leitores dos romances o vão reencontrar em mudáveis cenários e perspectivas, de outros pontos de vista, na familiaridade e na estranheza diante do seu mundo, que faz nosso.»
Críticas de Imprensa:
Um dos meus prazeres, ao ler um texto de Mário de Carvalho, é tropeçar em vocábulos e locuções que já só raramente vejo escritos e ainda mais raramente oiço, de viva e alta voz. Junte-se a isto uma apuradíssima e, sobretudo, impassível ironia, e eis o prazer dobrado e redobrado.
Público
Mais do que a qualidade da escrita — imaculada, inventiva, sempre a testar os limites do que é possível fazer com a língua portuguesa (e nunca aquém daquilo a que nos habituou em outros livros) —, surpreende-nos a acuidade do cronista na leitura de sinais que estariam talvez encobertos no momento em que escrevia, mas já anunciavam alguns dos males hoje prevalecentes, passados 20 ou 30 anos.
Expresso
Autor(a): Mário de Carvalho
Coleção: Obras de Mário de Carvalho
Editora: Porto Editora